Sérgio Mário Gabardo e Marcelo Rigon
Empresário Sérgio, Jornalista David Isaias e Vinicultor Marcelo
Na última sexta-feira (4) estivemos visitando
em Porto Alegre (RS) nosso amigo Sérgio Mário Gabardo, empresário de renome internacional
e um dos maiores exemplos de trabalho, perseverança e genialidade que já conhecemos
no Rio Grande do Sul, que nem mesmo os reveses da vida foram capazes de impedir
o sucesso alcançado.
Junto conosco levamos outro exemplo de
luta e insistência nas suas convicções em alcançar o êxito, amigo recente,
Marcelo Rigon, da Vinícola Rigon - de Farroupilha (RS).
Ambos não se conheciam, mas a admiração
pelos feitos de um e outro através de nossas conversas isoladas, nos intuiu a
realizar este encontro. Uma manhã de trocas de experiências das mais salutares
que já vivenciei em toda minha carreira profissional, como
Jornalista/Radialista e há algum tempo, homem de comunicação legitimado para
atuar na Europa.
Sérgio e Marcelo são gaúchos diferenciados.
Vencem obstáculos e seguem em frente, vitoriosos por maior que seja a adversidade
ou os descaminhos que o destino apresenta. Quem me conhece sabe, que não
costumo jogar “confetes” nem sequer fui agraciado com qualquer “mimo” para
afirmar o que estou relatando neste texto em meu blog.
Sérgio Mário Gabardo possui uma das
maiores transportadoras do país. Em 1989, era conhecido como “cegonheiro”. Um
profissional autônomo que transformou o conhecimento adquirido ao longo de sete
anos na boleia de um caminhão numa empresa especializada no transporte de
veículos. Hoje, a Transportes Gabardo conta com uma estrutura logística de
transporte com cerca de 1.300 caminhões cegonha, que cobre todo o território
nacional, o MERCOSUL e o Chile, através de filiais e representantes
estrategicamente localizados. Além disto, prosperou grandemente no Agronegócio
e tem unidades inclusive no exterior.
Marcelo Rigon, um especialista na cultura
familiar - aliada a tradição milenar italiana, que da colheita da uva até o
envase produz vinhos, sucos e espumantes cuidadosamente trabalhados com a atenção
indispensável para garantir o melhor ao consumidor. Através da Vinícola Rigon, mantém
um reduto de excelentes produtos, trabalhados manualmente por ele e sua família,
sem perder a evolução tecnológica.
Com uvas selecionadas uma a uma, Marcelo
produz o “Rigon Espumante Brut” composto por
uvas 100% Chardonnay; o “Espumante Moscatel”, através de uvas 100%
Moscato Giallo; o Vinho “Moscato Giallo” de uvas 100% Moscato Giallo; “Vinho
Chardonnay”, via uvas 100% Chardonnay; “Merlot” com uvas 100% Merlot; “Cabernet
Sauvignon”, de uvas 100% Cabernet Sauvignon; o “Santa Edwiges” Branco Seco, com
uvas Moscato Giallo e Trebbiano Toscano; “Santa Edwiges” Tinto Seco, através de
uvas Isabel e Bordô; o “Santa Edwiges” Tinto Suave, de uvas Isabel e Borô; e o
inigualável “Suco de Uva Integral” – direto da Roça, com uvas Isabel e Bordô.
Agradecendo ao Sérgio Mário Gabardo e ao Marcelo Rigon pela oportunidade ímpar de absorver novos conhecimentos com os dois, mudo de assunto sem fugir do contexto - mas relembrando para que jamais se esqueça tamanha atrocidade, e porque, não poderia deixar de destacar novamente aqui, um texto que postei em 29 de novembro de 2012, sobre um fato estarrecedor envolvendo o assassinato brutal do promissor filho do Sérgio, que completa neste ano uma década, e que indigna pela total falta de respostas, por parte das autoridades constituídas da área de segurança pública do Estado, e que mereceria maior atenção, por se tratar de uma questão que se repete, em pleno 2015, com várias outras famílias...
O que houve afinal? Restou apenas: "Um nome de rua e muita saudade" - texto de autoria de Sérgio Gabardo
Foto: www.cartelbrasileiro.com
Postado há 29th November 2012 por Jornalista David
Minhas amigas e meus amigos:
Esta
noite perdi o sono novamente, como me tem ocorrido com bastante
frequência. E aí me pus a pensar e cheguei à dolorosa conclusão quando
me veio à mente uma frase: Um nome de rua e muita saudade. Foi nisso que
se transformou meu filho amado, o Mário.
Assassinado
covardemente na noite de 29 de setembro de 2005, meu filho Mário, de
apenas 20 anos, virou nome de uma rua na cidade de Canoas, onde ocorreu o
brutal crime e onde residimos, e nada mais, para as autoridades deste
nosso Brasil continental, deixando muita, mas muita saudade mesmo.
Naquela
noite, meu filho Mário, como fazia regularmente, saiu para se encontrar
com amigos de infância. Iriam fazer uma costumeira confraternização.
Saudável. Mas não chegou ao local do encontro com os companheiros. Foi
assassinado covardemente.
De
lá para cá, nesses 86 meses, pasmem! Tenho tentando entender o que
realmente teria acontecido naquela trágica noite, quem teriam sido seus
verdadeiros assassinos e quais motivos teriam para ceifar a vida do meu
filho Mário, um jovem de futuro promissor, que não cultivava inimizades
ou desafetos.
Tinha
apenas amigos e, por onde passava, marcava por seu carisma, por sua
educação, por sua postura honesta e por seu desempenho profissional.
Estava para concluir o curso de Direito na PUC-RS.
Surge,
costumeiramente em mim, um aperto enorme no peito. É a saudade imensa
que toma conta do meu ser e faz brotar lágrimas quase sempre
incontroláveis. Preciso procurar abrigo no banheiro mais próximo para
tentar me recompor. É duro demais a dor de um Pai que perde seu filho
dessa forma e que, como consolo, algumas autoridades públicas imaginam
que, dar o nome de uma rua ao filho amado perdido abruptamente, pode
amenizar o sofrimento.
Grande
engano. A saudade é imensurável e a sensação de impunidade é cada vez
mais crescente, à medida em que o tempo nos consome. Apesar
das centenas de apelos, correspondências e telefonemas, o poder público
não me acenou com a menor possibilidade de se fazer Justiça.
Reina a impunidade e o descaso tem a mesma proporção.
Ninguém
conseguiu até agora, passados 2.580 dias, me dizer quem assassinou o
meu filho Mário ou quem mandou ceifar sua vida e, principalmente, por
qual motivo meu filho Mário foi morto de maneira tão covarde.
Nenhuma
dessas chamadas autoridades da segurança pública se sensibilizou com os
apelos de um Pai que busca Justiça. Mas nenhuma mesmo! Leio
sistematicamente as estatísticas assustadoras dos crimes insolúveis e
fico a imaginar: quantos outros pais, como eu, estão na mesma situação?
Quantos outros filhos os assassinos do meu amado filho Mário já mataram
por aí, acobertados pelo Manto da Impunidade? Ninguém consegue responder
a essa simples indagação.
Mas o descaso fala por si só.
Inaceitável!
Inadmissível!
Enquanto
a dor toma conta de todo o meu ser, resta-me bradar por Justiça. Bem
distante de qualquer sentimento de vingança, como crente em Deus,
continuo lutando por Justiça. É meu dever de Pai. É meu direito
inalienável. Devo isso ao meu filho amado Mário.
O poder público constituído me deve essa explicação.
Enquanto ela não vier, continuarei minha luta por Justiça, pois quero
sim, ver os assassinos e/ou os que encomendaram a morte do meu filho
amado Mário, identificados e encaminhados ao poder Judiciário para
pagarem, perante toda a sociedade, pelo crime hediondo que cometeram e
por todos os outros que certamente também são responsáveis.
Sérgio , Pai do Mário
jornalistadavid.isaias@gmail.com
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