Sinal de Alerta no futuro da Política local...

.Depois das eleições de 3 de outubro, quando em 1º turno elegeram-se candidatos à Câmara Federal e Assembléia Legislativa, além de Senadores – já que a disputa Presidencial continua em 2º turno – podemos tirar muitas conclusões relacionadas ao futuro pleito para Prefeito e Legisladores Municipais, próximo passo democrático que a população terá pela frente.

..Em nível de Uruguaiana, óbviamente, temos uma frente oposicionista que se apresenta muito definida e caso venha a se concretizar, ameaça desde agora a hegemonia tucana – que em seu segundo mandato consecutivo se mostra fortalecida, mas os rumos começam a se entrelaçar e a corrida, não se denota tão fácil quanto foram os mais de 64% de votos em outubro de 2008, para a reeleita gestão.

...Temos diante dos números oficiais do Tribunal Eleitoral, 88.910 votos aptos contra um comparecimento real de 70.922 eleitores (79,77%), ou seja, uma abstenção histórica, superior a 20%.

....A candidata do PSDB á Assembléia Legislativa, Drª Elisabete Felice (PSDB) alcançou a notória marca de 28.281 votos em Uruguaiana, contra 13.335 de Frederico Antunes (PP) e 5.535 de José Clemente (PT) - os dois publicamente contrários a atual administração -, mas também existem àqueles que computaram acima de 3.200 votos no somatório e que eram postulantes locais (Marcelo Ribeiro - DEM, Marcelo Lemos - PDT e Newton Gomes - PMDB). Neste contexto surgem 2.265 votos em branco e 750 nulos, no entanto, a questão maior fica por conta do resultado à Câmara Federal onde Kiko Barbará (PMDB) registrou 14.268 e Irani Fernandes (PSB) 2.699, todos de oposição e teoricamente, quem votou neles não confirmou sua decisão na urna eletrônica para candidatos tucanos.

....Se assim fosse, teríamos então, 39.000 registros contrários (votação à Câmara e Assembléia Legislativa por parte de candidatos de Uruguaiana - oposicionistas) e 28.281 tucanos. A lógica dos números é impressionante tendo em vista que situação + oposição resultam em 67.281 confirmações nas urnas, de um total de 70.922 votos válidos neste pleito.

.....Nossa matemática certamente tem espaço para a margem de erro, mas é uma constatação ou quem sabe, a evidência de que tudo está iniciando muito mais cedo do que alguns poderiam imaginar.

........Nos bastidores da política não se fala em outra coisa a não ser na dobradinha de oposição ao Executivo local com: Kiko e Clemente – PMDB + PT – e quem sabe, até o PP neste contexto, em apoio. Situação que precisa ser levada em consideração, mesmo hipotética neste momento, mas que o eleitorado parece codificar desde agora...

...........Os números estão aí para quem quiser ver, embora, realmente o futuro pertença à Deus...

Comentários

  1. Não sei se entendi bem, mas creio que o erro está em computar todos os votos - para para o legislativo estadual e federal - da "suposta" oposição contra os 28 mil e tantos da Sra Felice.
    Afinal, nada impede que a Dra tenha sido acompanhada por Kiko ou Irani no voto de muitos uruguainenses.

    É possível comparar os votos no Legislativo estadual, embora não se possa (na minha opinião) afirmar uma coerência político-ideológica nestas relações. Nesta conta, Elizabeth teria seus 28mil, contra 24 mil votos (somando Frederico, Clemente, Marcelo [Ribeiro e Lemos], Newton Gomes e mais os brancos e nulos); além de 18 mil votos espalhados entre diferentes candidaturas de candidatos considerados "forasteiros".

    A tua proposta de análise é muito interessante e pertinente, embora com alguns limites - na minha humilde e respeitosa opinião.

    *** De resto, parabéns pelo blog. Embora não concorde com tudo que publicas, como Voltaire dizia "mesmo que não concorde com nenhuma palavra tua, sempre lutarei para que tenhas o direito de dizê-las"!

    Abraço!

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  2. Alcir: Inicialmente agradeço pelas tuas palavras de elogio a este blog, e sempre que me forem encaminhados comentários lúcidos, responsáveis e inteligentes, mesmo que sejam contrários à minha opinião, com certeza estarão sendo publicados. A idéia neste contexto é mostrar uma nova realidade política em nível local, independente da questão numérica como um todo, onde o equilíbrio pode ser a tônica do próximo pleito municipal. Veja bem: tenho feito enquetes nos bairros da cidade e no interior questionando sobre o voto partidário, ou seja, se quem prefere um candidato de uma sigla para um cargo daria seu precioso registro na urna para postulantes de outra agremiação ao mesmo tempo. Resposta: a maioria quase que absoluta -surpreendentemente - para eleições locais e que votaria em candidatos do PMDB, PSB, PDT, PP, PT e outros menores, não daria seu voto para candidatos tucanos (um novo aspecto que acaba se tornando um divisor de águas em Uruguaiana, mas isto, repito - em nivel de eleições municipais). De qualquer forma a democracia está aí e cada um tem o direito de escolher. Cada situação denota uma circunstância diferente, mas a tendência é esta...
    Um Forte Abraço! Jornalista David Isaias

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